quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Texto: Repentinamente.

Repentinamente, mas do que de repente, eis que tudo muda.
E agora, José?
Temos muitas opções, podemos simplesmente entrar no abismo, com o desejo de não mais sair dele. Podemos, ficar à beira dele, com a eterna dúvida se devemos nos deixar cair ou correr para bem longe. E também podemos fugir dele, correr desesperadamente para longe desse buraco.
Cair não significa o fim, basta a gente querer levantar que tudo ficará bem. Todo mundo no longo caminho da vida tem as suas quedas, isso não quer dizer que a pessoa seja fraca, não tem suporte, isso quer dizer que ela vive intensamente, assim, está mais sujeita às quedas.
Pronto, aí a pessoa vê o abismo e se joga com tudo, não tem problema, o que não pode é ela entrar nele e não querer mais sair, se reerguer é fundamental, pode levar tempo, mas é necessário e pode ter certeza que após se levantar a pessoa está mais forte do que antes. À beira do abismo é aquela dúvida, se jogar ou não? Isso porque a pessoa sabe que a partir do momento em que ela fizer a escolha, ela estará renunciando alguma outra coisa. Já correr para longe do abismo, é ter a certeza que se jogar não vale mais à pena, é tirar as suas próprias conclusões do que é melhor para si.
Bem, de repente muita coisa pode mudar, mas não de repente as pessoas mudam. Os fatos, os acontecimentos, esses podem mudar da noite para o dia, mas o pensamento, querer, gosto de alguém não muda da noite para o dia. A pessoa pode até achar que mudou, mas no fundo ela vai ver que não, que ela às vezes fala que mudou para agradar o outro, quando na verdade ela está apenas se enganando, pois o tempo irá mostrar que nada muda repentinamente dentro de alguém. Para mim mudanças relacionadas às pessoas exigem duas coisas, vontade e tempo. Vontade, porque a pessoa precisa ter isso dentro de si, não pelos outros, mas por ela mesmo, e tempo porque é necessário se mostrar que o tempo não influencia os nossos desejos. 
Repentinamente tudo pode mudar. As pessoas também? Acho muito difícil, mas...

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