A maioria das pessoas que me conhece sabe que eu sou viciada no BBB.
Tem os que gostam, os que detestam e os que ridicularizam quem assiste. Não tiro o direito de cada um opinar, mas seria tão interessante se cada um observasse o programa, não pelo pelo ângulo da diversão e sim analisando o comportamento dos seres humanos.
Viver em um confinamento não é para qualquer um. Não saber as horas, não ter notícias de sua família, amigos e do mundo, conviver com pessoas que você nunca viu na vida, tudo isso me parece aterrorizante.
Vão passando os dias, a casa vai esvaziando com a saída dos participantes em cada paredão, não existe nada além da piscina e academia como forma de lazer, sem esquecer das festas que acontecem na quarta e no sábado. É muita ociosidade em uma casa com desconhecidos, é para pirar, não?
Eles lidam com os mais diversos sentimentos em apenas 3 meses. A cada participante que sai é uma perda, e lidar com perdas é sempre muito difícil. Tem a alegria das festas, o estresse do confinamento, a tristeza das brigas, a saudade de quem está fora, o carinho do colega de casa, o desgosto da convivência com quem não se tem nenhuma afinidade, enfim, as mais diversas sensações que alguém pode ter.
Assistir o BBB é observar os outros, analisando a nós mesmos. Vou continuar assistindo até o programa até ele deixar de existir. Não ligo que falem que é coisa de quem não tem o que fazer, se for assim, pronto, não tenho o que fazer. Vou continuar sempre na torcida da pessoa mais autêntica da casa, aquela que é no BBB o que é do lado de fora, com qualidades e defeitos, enfim, uma pessoa normal e real.
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